Os empregados do Sistema Petrobrás estão aprovando a greve por tempo indeterminado nas unidades do Paraná e Santa Catarina. Já foram realizadas seis das 26 sessões de assembleias que acontecem até o dia 22. A votação geral até agora aponta 83% de aprovação do movimento paredista, 8,5% contrários e 8,5% de abstenções.
No entanto, cada unidade tem autonomia para decidir sobre a adesão à greve. Na Repar, em Araucária, aconteceram duas sessões, com os grupos de turno 3 e 5. O resultado parcial é de 84,5% de aprovação, 8,2% de rejeição e 7,3% de abstenções.
Na Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, houve assembleia com o grupo de turno 5 e o resultado por hora é de 75% favoráveis à greve, 10,7% contrários e 14,3% abstenções.
No Terminal Terrestre da Transpetro de Biguaçu a greve já está aprovada. A única sessão de assembleia foi realizada na manhã desta quarta-feira (16) e 62,5% dos petroleiros que participaram aprovaram a greve, outros 25% foram contrários e 12,5% se abstiveram.
Já no Terminal Aquaviário da Transpetro em Paranaguá a parcial das assembleias realizadas na manhã desta quarta-feira (16) com os grupos de turno 1 e 3 indica 92,8% de aceitação da greve e 7,2% de abstenções. Não foram registrados votos contrários ao movimento.
A greve é um movimento nacional indicado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) motivado pela falta de respeito da Direção da Petrobrás para com a pauta de reivindicações da categoria, chamada de Pauta pelo Brasil, por abordar questões políticas que pregam a soberania nacional no setor petróleo contra o desmantelamento da empresa, através da venda de ativos e desinvestimentos de cifras bilionárias previstos no Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás.
Confira o calendário das assembleias:
BASE |
LOCAL |
DATA |
HORÁRIO |
Araucária/PR |
Em frente à REPAR / Grupo 3
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15/09/2015 |
07h00 |
Em frente à REPAR / Grupo 5 |
15/09/2015 |
15h00 |
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Em frente à REPAR / Grupo 2 |
17/09/2015 |
15h00 |
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Em frente à REPAR / Grupo 4 |
21/09/2015 |
15h00 |
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Em frente à REPAR / Grupo 1 + ADM |
22/09/2015 |
07h00 |
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Curitiba/PR |
Sede do Sindipetro SEDE DO SINDIPETRO PR/SC EM CURITIBA/PR R. LAMENHA LINS, 2064 |
16/09/2015 |
17:30 |
Biguaçu/SC |
Em frente ao TEGUAÇÚ |
16/09/2015 |
09h00 |
Guaramirim/SC |
Em frente ao TEMIRIM |
17/09/2015 |
09h00 |
Itajaí/SC |
Em frente ao TEJAÍ |
16/09/2015 |
13h30 |
No estacionamento do Ativo de Produção Sul |
16/09/2015 |
11h30 |
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Paranaguá/Pr |
Em frente do TEPAR/ Grupo 3 |
16/09/2015 |
08h00 |
Em frente do TEPAR /Grupo 1 |
16/09/2015 |
08h30 |
|
Em frente do TEPAR/ Grupo 5 |
16/09/2015 |
16h00 |
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REGIONAL DO SINDIPETRO EM PARANAGUÁ/PR R. Odilon Mader, 480 – Estradinha |
16/09/2015 |
18h00 |
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Em frente do TEPAR/ ADM |
18/09/2015 |
07h20 |
|
Em frente do TEPAR/ Grupo 4 |
18/09/2015 |
08h00 |
|
Em frente do TEPAR/ Grupo 2 |
18/09/2015 |
08h30 |
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São Francisco do Sul/SC |
Em frente do TEFRAN |
17/09/2015 |
12h30 |
Em frente ao TEFRAN/Grupo de Turno |
17/09/2015 |
15h00 |
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Joinville/SC |
REGIONAL DO SINDIPETRO EM JOINVILLE/SC Rua Elly Soares, 127 , Sala 01 Bairro Floresta |
16/09/2015 |
17h30 |
São Mateus do Sul/PR |
Em frente da SIX - Grupo 5 |
15/09/2015 |
15h00 |
Em frente da SIX - Grupo 4 |
16/09/2015 |
23h00 |
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REGIONAL DO SINDIPETRO EM SÃO MATEUS DO SUL/PR Rua Paulino Vaz da Silva, 538 – Centro |
17/09/2015 |
17h00 |
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Em frente da SIX - Grupo 1 |
18/09/2015 |
15h00 |
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Em frente da SIX - Grupo 2 + ADM |
22/09/2015 |
07h00 |
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Em frente da SIX - Grupo 3 |
22/09/2015 |
15h00 |
Nesta sexta-feira, 11, a direção da FUP se reunirá no Rio de Janeiro, para debater e traçar os novos passos e estratégias da construção da greve nacional dos petroleiros, que pode ser deflagrada a qualquer momento, por tempo indeterminado.
No inicio desta semana, a Federação solicitou aos sindicatos que ainda não realizaram assembleias, que façam a consulta aos trabalhadores, para que a greve nacional com data a ser indicada pela FUP, seja ratificada por toda a categoria.
Enquanto isso...
Apesar do claro posicionamento da FUP em não participar da reunião de negociação segmentada por subsidiárias, convocada pela Petrobrás para esta quinta-feira, 10, a empresa insiste em ignorar a pauta da categoria, apresentada pela Federação à companhia no dia 07 de julho e, no fim da tarde de hoje, encaminhou uma proposta de ACT baseada em cláusulas sociais.
Fonte: FUP
A Câmara Municipal de Curitiba promove a audiência pública “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil” nesta quinta-feira, às 14h00. O objetivo é debater a importância da estatal petrolífera para o desenvolvimento do país e criar uma frente parlamentar em defesa da empresa.
Por indicação do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR e SC) e do Sindicato dos Petroquímicos do Paraná (Sindiquímica-PR), a audiência foi requisitada pela vereadora Professora Josete (PT) e aprovada na sessão da última terça-feira (01), após debates acalorados.
Para o presidente do Sindipetro PR e SC, Mário Alberto Dal Zot, a Petrobrás passa por uma sucessão de ataques com a finalidade de denegrir sua imagem perante a opinião pública e, assim, diminuir seu potencial de crescimento e desenvolvimento. “Isso está comprovado no novo Plano de Negócios e Gestão, que prevê venda de ativos de patrimônio e redução de investimentos. A situação é agravada pelos oportunistas, como o senador José Serra (PSDB/SP), que aproveita o momento para apresentar um Projeto de Lei (PLS 131/2015) que retira da Petrobrás o direito de ser operadora exclusiva na área do pré-sal”, destacou Dal Zot.
O novo Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás, aprovado pelo Conselho Deliberativo da empresa no final de junho, prevê cortes de US$ 89 bilhões nos investimentos e despesas da empresa e venda US$ 57 bilhões em ativos de patrimônio da estatal. “A Petrobrás é muito maior do que os escândalos de corrupção envolvendo empreiteiras que prestaram serviços. Queremos investigação, punição e devolução à Petrobrás dos valores desviados. Todavia, também queremos que a empresa siga como propulsora da economia brasileira, pois responde por 13% do PIB”, destacou.
Com o enfraquecimento da Petrobrás, duas das áreas mais importantes para o desenvolvimento do Brasil seriam gravemente prejudicadas: a saúde e a educação. A Lei dos Royalties, aprovada em 2013, garante que 75% dos royalties do petróleo sejam destinados para a educação e 25% para a saúde. Além disso, o texto também garante que 50% dos recursos do fundo social do Pré-Sal também sejam destinados para estas duas áreas.
Serviço
Audiência pública: Defender a Petrobrás é Defender o Brasil
Quando? Terça-feira (10/09), a partir das 14h00
Onde? Câmara Municipal de Curitiba (Av. Visc. de Guarapuava, S/N - Centro, Curitiba – PR)
Contato: Mário Alberto Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC – (41) 8805-2544
Nesta segunda-feira, 31, a Petrobrás enviou à FUP um documento oficial, agendando reunião com a Federação e seus sindicatos na próxima quinta-feira, 03/09, para debater a pauta política entregue à empresa há cerca de dois meses atrás.
Também no dia de ontem, a Federação protocolou na Petrobrás, o termo preliminar de manutenção da data base categoria, que se inicia amanhã, 1º de setembro.
Fonte: FUP
Nesta quarta-feira, 26, a FUP protocolou na sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, documento responsabilizando a direção da empresa pelo impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. Passados quase dois meses da apresentação da Pauta Política aprovada pela categoria, os gestores da Petrobrás seguem calados em relação às reivindicações, mesmo após uma semana de mobilizações, que culminaram com uma greve de 24 horas no dia 24 de julho.
O Conselho Deliberativo da FUP tornou a se reunir nesta terça-feira, 25, e aprovou um novo calendário de lutas para barrar o desmonte do Sistema Petrobrás, cujos impactos já estão ocorrendo em várias unidades do país, com milhares de demissões de trabalhadores terceirizados e cortes em despesas, que colocam em risco conquistas históricas da categoria. Além disso, os gestores da empresa já deram início à venda de ativos estratégicos, como parte da BR Distribuidora e a reestruturação da malha de gasodutos. Para responder a esses ataques, a FUP e seus sindicatos deliberaram por uma greve nacional dos trabalhadores da Transpetro, a partir do dia 04 de setembro.
Impasse negocial
No documento encaminhado à direção da Petrobrás, a FUP destaca as cobranças feitas em relação à Pauta Política, que foi protocolada no dia 07 de julho e que, desde então, não foi respondida pela empresa. Ao longo desse período, houve apenas uma reunião com o RH da Petrobrás, no dia 15 de julho, onde a FUP e seus sindicatos defenderam uma a uma as reivindicações da Pauta Política, propondo mudanças no atual Plano de Negócios e Gestão, cobrando a suspensão imediata da venda de ativos e a retomada dos investimentos.
Para arrancar um posicionamento da empresa, os petroleiros ainda estabeleceram prazo até o dia 21 de agosto para que os gestores respondessem à categoria. A postura da direção da Petrobrás, no entanto, é de total descaso com a Pauta Política. Além do silêncio em relação às reivindicações, a empresa autorizou a abertura de 25% do capital da BR, reduziu as metas de produção de petróleo, está abandonando projetos estratégicos e reduzindo investimentos fundamentais para preservar o Sistema Petrobrás, como uma empresa integrada de energia.
Clique aqui para ler a íntegra do documento protocolado na Petrobrás.