Na tarde desta quarta-feira, 20, a FUP foi informada sobre o falecimento do trabalhador que foi vítima de explosão no último sábado 16, na Reman. Antonio Rafael Santana tinha 26 anos, era engenheiro civil, admitido como operador da Petrobrás na área de Urucu, mas trabalhava na refinaria, há quatro meses.
A explosão ocorreu às 22h50 de sábado, quando o trabalhador deu partida no carro, para fazer uma ronda na Unidade de Hidrotratamento da refinaria. Rafael teve 75% de queimaduras no corpo e, devido ao estado grave de saúde em que encontrava-se, não pode ser transferido para o Hospital da Força Aérea do Rio de Janeiro. A Petrobrás ainda não confirmou, mas a causa do acidente pode ter sido um vazamento de gás.
Seis acidentes em uma semana
No mesmo dia, outro acidente aconteceu, mas na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), onde um operador da U-1530 realizava manobra de drenagem, quando foi atingido por mistura de MIBK/ÓLEO (produto com temperatura de 180o C). Ele sofreu irritações na face, pescoço e olhos. A Reduc registrou três acidentes na última terça-feira (12). Na U-2200, a vítima teve cortes na região do braço. Na Subestação elétrica, Sub-340, um trabalhador teve ferimentos no rosto. Já o último, na U-2500, um armador de andaime cortou o supercílio.
Na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão-SP, um operador teve cerca de 20% do corpo queimado nesta terça-feira (19), durante o procedimento de LIBRA (libragem). Ele estaria bloqueando uma válvula para a remoção de uma outra válvula de carga para o forno, a fim de iniciar a operação, quando uma mangueira sob pressão se soltou e causou os ferimentos.
Histórico de acidentes na Reman
A Refinaria de Manaus tem um histórico de acidentes graves envolvendo trabalhadores. Em dezembro de 2013, uma explosão feriu três operadoradores da Petrobrás de uma só vez. Em setembro de 2010, a técnica de operação, Renata Benigno, foi vítima de um grave acidente na refinaria e morreu após 10 dias de internação.
Fonte: FUP
Mais uma vez o fator sorte impediu que trabalhadores da Repar se ferissem. Uma explosão seguida de incêndio na casa de analisadores da unidade de Hidrotratamento e Reforma Catalítica (HRC) quase atingiu os operadores que estavam na Casa de Controle Local (CCL). O acidente aconteceu as duas horas da madrugada desta quarta-feira (21). O local está interditado.
Novamente a empresa descumpre o ACT e não comunica o Sindicato sobre a explosão. Em breve novas informações.
Nesta quinta e sexta-feira (12 e 13/12) acontecem as sessões de assembleia que vão discutir e apreciar a resposta da direção da Repar em relação à pauta de reivindicações das condições de segurança e saúde dos trabalhadores(as). Também entrará em debate e deliberação a deflagração e qualificação de greve, que foi aprovada na última assembleia.
Cabe ressaltar que até o fechamento desta matéria e publicação do Edital, os gestores da Repar ainda não haviam respondido à pauta, mas firmaram o compromisso de fazê-lo até o final da tarde.
Confira o quadro das sessões de assembleia:
BASE |
LOCAL/SESSÃO |
DATA |
HORÁRIO |
Araucária/PR |
Em frente à REPAR / Grupo 4 + Administrativo |
12/12/2013 |
07h00 |
Em frente à REPAR / Grupo 5 |
12/12/2013 |
15h00 |
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Em frente à REPAR / Grupo 2 |
12/12/2013 |
23h00 |
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Em frente à REPAR / Grupo 3 |
13/12/2013 |
07h00 |
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Curitiba/PR |
SEDE DO SINDIPETRO PR e SC EM CURITIBA/PR R. LAMENHA LINS, 2064 / Grupo 1 |
13/12/2013 |
14h00 |
O Edital de Convocação de Assembleia está nos anexos
Refinaria está com a produção parada desde o acidente do dia 28/11. Categoria quer garantias em relação à segurança ou haverá deflagração de greve
Trabalhos de recuperação da U2100 foram interditados por falta de laudos técnicos que comprovem a segurança das estruturas de concreto e metal
Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, decidem em assembleias na próxima quinta e sexta-feira se entram em greve por tempo indeterminado. O motivo é a falta de segurança.
O acidente na noite da última quinta-feira (28) que gerou explosões e incêndio na Unidade de Destilação (U-2100), somado às ações administrativas irresponsáveis da Direção da Repar, gerou um clima de tensão. A empresa tenta retomar as atividades na U-2100 o mais rápido possível e para isso toma atitudes que colocam em risco a vida dos trabalhadores.
A jornada dos funcionários da manutenção foi estendida para 12 horas e os trabalhos de recuperação da Unidade de Destilação foram liberados sem análise de risco do ambiente, sobretudo em relação às estruturas de concreto armado e de metal que sustentam toneladas de equipamentos. Não há laudos que atestem a segurança das vigas de sustentação. Essas informações foram confirmadas pela própria Gerência Geral da Refinaria, durante reunião com representantes do Sindicato nesta terça-feira (03).
O quadro é agravado com o fato de as investigações do acidente sequer terem começado. Relatos dos trabalhadores ainda dão conta que os serviços de manutenção estão sendo realizados com extrema pressa e muitos improvisos.
O Sindicato busca junto à Superintendência Regional do Trabalho a interdição dos trabalhos de recuperação da U-2100 como forma de garantir a integridade física dos trabalhadores.