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Quinta, 11 Julho 2019 19:02

Os sindicatos filiados à FUP ingressaram com ações na Justiça do Trabalho para impedir que a gestão da Petrobrás efetive o pagamento de mais de R$ 1 bilhão em bônus nesta sexta-feira, 12. O Programa de Remuneração Variável dos Empregados (PRVE), que a empresa implementou à revelia das entidades sindicais, viola o Acordo Coletivo de Trabalho.

 

A Petrobrás está utilizando indicadores de segurança para premiar diretores e gerentes executivos com vultosos bônus. É também uma forma da gestão Castello Branco "alavancar" a privatização, como tem denunciado as direções sindicais.

 

Sem transparência, o PRVE vai na contramão da Participação nos Lucros (PLR) e resultados, cujo provisionamento e distribuição de verbas respeitavam regras e metas claras, acordadas com a FUP e seus sindicatos e aprovadas pela categoria em assembleias. 

 

Uma dessas regras é que a maior remuneração não pode ultrapassar a 2,5 vezes o valor da menor, medida adotada para não gerar grandes distorções. No PRVE, não há remuneração mínima. Enquanto uns nada ganham, outros recebem bônus que representam 150% de uma remuneração. 

 

Além da falta de transparência, uma das principais métricas do PRVE é a Taxa de Acidentes Registrados, prática que induz à subnotificação de acidentes, em um claro descumprimento da Cláusula 77, parágrafo 9, do Acordo Coletivo. “A Companhia compromete-se a não vincular concessão de vantagens à redução de acidentes, bem como a não incluir meta de acidentes no GD dos empregados”, assegura o ACT.

 

Em recente vídeo conferência, cujo áudio vazou para os trabalhadores, o gerente executivo do Compartilhado, Jairo dos Santos Junior, informou que o PRVE exigirá dos petroleiros um “novo modelo mental”, onde vale tudo, inclusive absurdos, como trabalhar doente e “compensar” os dias não trabalhados em função de licenças e afastamentos médicos.  A Petrobrás também tentou discriminar os trabalhadores em licenças maternidade e paternidade

 

[FUP] 

Quarta, 11 Abril 2018 10:49

Enquanto as gerências da Petrobrás preferem punir as vítimas de acidentes, culpando os trabalhadores para se eximirem de suas responsabilidades, mais um trabalhador perde a vida de forma estúpida. José Altamir Ozorio, 63 anos, funcionário da empresa Cross & Freitas, responsável pelos serviços de corte de grama no TEDUT, Terminal da Transpetro em Osório (RS), foi vítima de um acidente fatal, no final da tarde de ontem (09/04), ao ser atingido pela caçamba do trator que operava. Segundo relatos de outros trabalhadores, ele sofreu um tombo, quando o trator passou sobre um desnível do terreno, e foi atropelado pela caçamba. José Altamir chegou a ser socorrido com fraturas, submetido a cirurgia, mas não resistiu e faleceu no início da noite.

 

Foi o segundo acidente fatal registrado em 2018. Nestes dois anos de gestão de Pedro Parente, 13 trabalhadores morreram em acidentes no Sistema Petrobrás, dos quais 10 eram terceirizados. No último dia 05, a FUP denunciou aos gestores de SMS os riscos que os trabalhadores vivem, em consequência da redução de efetivos e das condições precárias nas unidades operacionais. As denúncias foram feitas durante a primeira reunião da Comissão de SMS, quando as direções sindicais tornaram a criticar a política autoritária de punição, baseada em um sistema de consequências, que, na prática, só faz aumentar a subnotificação de acidentes.

 

Recentemente, houve um acidente na Repar, no Paraná, semelhante ao que tirou a vida do trabalhador do Tedut. A ocorrência não gerou lesões mais graves ao trabalhador e acabou sendo tratada como um mero incidente, o que não foi revisto pela empresa, nem após a intervenção do sindicato local. "Se este acidente tivesse sido registrado corretamente, o que geraria a constituição de uma comissão de investigação, composta por representantes do SMS, da Cipa e do sindicato, o que resultaria em recomendações de um plano de ação, com a devida abrangência, nós, provavelmente, não estaríamos chorando mais uma morte", declara o secretário de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da FUP, Alexandro Guilherme Jorge, que é também diretor do Sindipetro-PR/SC e acompanhou este caso de perto.

 

"Quantas vidas a mais serão ceifadas enquanto alguns gestores do Sistema Petrobrás defendem essa política que já se provou equivocada e não avançam numa construção mais democrática e com a participação efetiva daqueles que põem todos os dias suas vidas em risco em unidades industriais?", questiona.

 

Os resultados da recente pesquisa de SMS e NR-20 feita pela FUP nas refinarias da Petrobrás comprovam que a empresa não investe na prevenção de acidentes e tão pouco zela pela saúde e segurança dos trabalhadores. Dos 1.180 petroleiros que responderam ao questionário, 94% afirmaram não se sentirem seguros com os efetivos reduzidos impostos recentemente pela empresa e apenas 170 disseram ter treinamento dos procedimentos de Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis, como prevê a NR-20.

 

É para encobrir essa realidade, que os gestores transferem para os trabalhadores a responsabilidade pela ineficiência de uma política equivocada de SMS, cujo principal foco é atender aos indicadores da empresa a qualquer custo. O resultado tem sido a potencialização da subnotificação de acidentes, em função de um sistema de consequências que só faz aumentar o medo dos trabalhadores, principalmente os terceirizados.  "A não comunicação dos acidentes de menor gravidade resultam na não identificação e tratamento da base da pirâmide de acidentes, o que é básico para qualquer política de prevenção. Isso culmina em acidentes absurdos, como o que vitimou José Altamir", explica o diretor da FUP.

 

“É ainda mais frustrante para nós que essa tragédia tenha ocorrido poucos dias depois da primeira reunião do ano da Comissão de SMS. Embora de maneira ainda preliminar, já identificamos aspectos que foram amplamente debatidos com a empresa e cujos alertas que fizemos se comprovaram com a morte de mais um trabalhador. Esperamos, sinceramente, que os discursos feitos pelos gestores na mesa de que priorizam a segurança dos trabalhadores acima de qualquer outro indicador se materialize em ações concretas com a maior brevidade possível, pois, do jeito que está, não podemos continuar. De nossa parte, envidaremos todos os esforços necessários”, ressalta Alex.

 

[FUP]

Quinta, 22 Junho 2017 14:41

Após diversas denúncias do Sindipetro Bahia sobre as consequências da arbitrária e unilateral redução do efetivo mínimo na RLAM, aconteceu o previsto: o primeiro acidente nesta madrugada de quinta (22\06), quando ao soprar com vapor o circuito da bomba J603 (elétrica) que tem sucção comum com as bombas J603 (turbina) e J605 (elétrica), o operador ao passar por perto dessas bombas, foi atingido por um jato de vapor, sob pressão, com condensado quente que o atingiu nos membros superiores, causando queimaduras de primeiro grau. Ele está internado no CMH (antiga UME). O operador está em estado de observação, mas muito abalado e apreensivo com os reflexos na sua vida pessoal e profissional.

 

Ele estava envolvido nas manobras juntamente com mais dois colegas, também com pouca experiência. Segundo o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, caso a manobra tivesse envolvendo mais gente com experiência poderia ter sido evitada. “Já são as consequências dessa infeliz e arbitrária política de redução de efetivo mínimo na refinaria”, afirma Deyvid.

 

Segundo Deyvid Bacelar, nesse caso, segundo os operadores, o processo de partida da U-6 sempre foi feito com um efetivo maior e com pessoas experientes conduzindo as manobras, mas reduziram o efetivo, também na partida, e para reduzir as horas extras, colocaram pessoas mais novas sem o acompanhamento dos mais experientes, porque esses já tinham um número maior de horas extras.

 

Segundo denúncia feita ao sindicato, a previsão de efetivo na noite seria de aproximadamente metade do efetivo total da unidade (o total é 44), logo seria uns 22, ou com folga/férias 14, na turma e no momento do acidente só havia 9. Os demais não estavam por limitação das horas extras disponibilizadas por pessoa (80 horas) na parada/pessoa.

 

A direção do Sindipetro Bahia vem denunciando a redução do efetivo mínimo na Refinaria, que é arbitrária, unilateral, viola a Clausula 91ª do ACT 2015/2017 e causa graves consequências ao ambiente de trabalho nas unidades, deixando os trabalhadores inseguros e expostos a acidentes e doenças ocupacionais pela sobrecarga de trabalho. Este lamentável acidente é a prova do que tem denunciado a direção do sindicato, que vai responsabilizar civil e criminalmente todos os responsáveis pela Petrobrás.

 

Via Sindipetro BA

Segunda, 19 Junho 2017 17:50

Com faixas e cartazes denunciando os riscos de mortes e mutilações cada vez maiores que vivem os trabalhadores do Sistema Petrobrás, em função do desmonte da gestão Pedro Parente, os sindicatos da FUP iniciaram na manhã desta segunda-feira, 19, uma grande mobilização, cobrando condições seguras de trabalho e a recomposição dos efetivos da empresa. Atrasos e paralisações marcaram o início do expediente nas refinarias, terminais, áreas de embarques para as plataformas e demais unidades da companhia.

 

Nas refinarias, onde as gerências estão cortando unilateralmente postos de trabalho, atropelando o Acordo Coletivo de Trabalho e a NR-20, os petroleiros aprovaram greve por tempo indeterminado, com data a ser indicada pela FUP.

 

Sem qualquer negocição com os sindicatos, a Petrobrás está implementando um estudo unilateral de efetivos, com base em uma metodologia norte-americana de hierarquização de tempos e tarefas que não condiz com os processos de operação em refinarias de petróleo. O objetivo é reduzir em até 25% os números mínimos, que já estão no limite e até mesmo abaixo do quadro necessário para garantir a segurança operacional.

 

O resultado dessa política é o aumento de acidentes e a precarização das condições de trabalho. No domingo, 18, dois trabalhadores da Reduc foram vítimas de mais um acidente, que é reflexo direto do sucateamento que os gestores estão impondo às refinarias. 

 

No dia 09 de junho, um acidente com o navio sonda da Odebrecht, fretado pela Petrobrás, resultou na morte de três trabalhadores, todos terceirizados. Apenas um dos feridos sobreviveu. O acidente ocorreu no rastro do completo desmonte do setor de sondagem e perfuração da companhia, cujos efetivos próprios foram desmobilizados e as plataformas hibernadas e privatizadas. 

 

A redução de efetivos e a precarização das condições de trabalho estão diretamente relacionados ao desmonte que a Petrobrás vem sofrendo em função da privatização de unidades e de um plano de negócios com foco na redução e fatiamento da empresa.

 

Mudanças estratégicas estão sendo preparadas também pelo Ministério de Minas e Energia para desregulamentar os segmentos de refino, transporte, armazenamento e comercialização de derivados, assim como o E&P, com o objetivo de reduzir o máximo possível a presença da Petrobrás, transferindo ativos para o setor privado e abrindo a infraestrutura e logística da empresa.

 

Para atrair os novos “sócios”, o pacote de privatizações e desmonte implica, necessariamente, em reduzir custos com funcionários, flexibilizar e cortar direitos e, principalmente, enxugar os quadros da Petrobrás. É o que a gestão Pedro Parente está fazendo, ao reestruturar os efetivos das refinarias, gerando um rastro de acidentes e mortes.

 

Só com luta e organização, a categoria vai conseguir barrar o desmonte da Petrobrás, preservar os empregos e garantir respeito à vida.

Via FUP

Terça, 02 Fevereiro 2016 22:44

Foi localizado no final da tarde desta terça-feira (02/02), o corpo do técnico de operação da Reduc que estava desaparecido desde a noite do dia 31 de janeiro. Conforme havia apurado o Sindipetro Duque de Caxias, ele caiu dentro de um tanque, cuja temperatura era de 75º C. O teto do reservatório cedeu, quando o operador subiu para aferir o nível de armazenamento.  Segundo o sindicato, os gestores da Reduc sabiam que a estrutura estava bastante comprometida por causa da corrosão e nada fizeram para garantir a segurança dos trabalhadores.

Em 2013, durante uma inspeção de equipamentos na refinaria, foi recomendada, inclusive, a troca do teto do  tanque onde o operador morreu. Em 2014, o Ministério do Trabalho interditou vários desses reservatórios devido ao nível acentuado de corrosão nas escadas de acesso e nos tetos. Ou seja, o que aconteceu na Reduc foi muito mais do que um acidente grave de trabalho. Foi um crime. O  Artigo 132 do Código Penal é claro: "expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente" é crime!

Nesta terça-feira, antes do corpo do operador ser resgatado, o Comitê de SMS do Conselho de Administração da Petrobrás, que é coordenador pelo conselheiro eleito Deyvid Bacelar, esteve na refinaria para ouvir os trabalhadores e os gestores sobre o acidente. Vários relatos confirmaram as denúncias do sindicato sobre as condições precárias de segurança dos tanques, que, além do processo acentuado de corrosão, não têm iluminação adequada, pontilhão (passarela para acesso), corrimão e guarda-corpo.

O conselheiro solicitou à Reduc os relatórios da inspeção de equipamentos com recomendações para o tanque onde o operador caiu, bem como notas de manutenção que possivelmente tenham sido abertas, relatórios de inspeção de segurança do SMS, atas da CIPA, autos de infração do MTE, entre outras informações referentes ao tanque e demais reservatórios. Deyvid também cobrou da Gerência Executiva do Refino e do SMS Corporativo que seja proibido o acesso ao teto dos tanques da Reduc até que as estruturas metálicas sejam vistoriadas e as causas do acidente, identificadas.

A direção da FUP realizará nesta quarta-feira (03), pela manhã, um ato em frente à Reduc, cobrando condições seguras de trabalho e a responsabilização dos gestores por mais esta morte anunciada.

Fonte: FUP

Quinta, 06 Novembro 2014 10:22

O Sindipetro-NF foi informado no final da tarde de terça-feira (04) que um mergulhador da empresa SISTAC - Sistemas de Acesso faleceu a bordo da P-31. O trabalhador passou mal no mar, a 12 metros de profundidade, quando trabalhava num “slot” de um duto da plataforma.

Segundo a categoria, um colega que estava junto percebeu que o mergulhador passava mal, colocou ele no sino, mas infelizmente chegou sem sinais vitais à enfermaria. O sindicato vai apurar outras informações que possam esclarecer as circunstâncias da morte e lamenta a perda de mais um companheiro.

O Diretor do Sindipetro-NF Alessandro Trindade, embarcou hoje rumo a P-31 para participar da Comissão de Investigação do acidente.

Fonte: Sindipetro NF

Quinta, 18 Setembro 2014 12:53

Na madrugada desta quinta-feira, 18, ocorreu um acidente na Unidade Operacional da Petrobrás no Espírito Santos, no município de Linhares, onde mais um trabalhador terceirizado perdeu a vida devido à insegurança da empresa. Sidnei Vieira Messias, de 44 anos, era casado, tinha dois filhos e trabalhava como operador de sondas terceirizado, da empresa Tuscany, que presta serviços à Petrobrás no estado.

Segundo informações preliminares do Sindipetro -ES, o acidente aconteceu na Sonda 128, às 3h20 da manhã. O trabalhador, ao executar a manobra de descida de uma coluna de perfuração, foi atingido por um estabilizador de aproximadamente 9 metros de cumprimento, pesando uma tonelada. A queda do estabilizador atingiu o operador no torax, causando fratura as costelas que perfuraram o pulmão. Ainda, segundo o sindicato, o trabalhador acidentado recebeu os primeiros socorros no Hospital de Linhares e, logo após foi tranfesrido de helicóptero, ao hospital de Vitória, onde faleceu.

O Sindipetro -ES está buscando mais informações para confirmar se o acidente foi causado por uma falha de operação e também participará da comissão oficial de investigação do acidente.

Este já é o nono acidente no ano de 2014 e, o terceiro, em menos de quinze dias. Os dois últimos ocorreram no dia 09 e 10, no Paraná e em Duque de Caxias.

A FUP e seus sindicatos lamentam a perda de mais um trabalhador que prestava serviços à Petrobrás, se solidariza à familia e continuará cobrando com veemência, que a empresa mude a postura de "pouco caso" com a segurança da categoria.

Fonte: Imprensa FUP

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Edição Nº 1418

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